Segue grande a expectativa pela autorização do concurso para técnico do seguro social no INSS. A validade do último concurso terminou no mês passado e os 5 mil novos técnicos e médicos do trabalho convocados não são suficientes para atender à demanda de vagas prevista. Tal demanda se dará, sobretudo, graças às aposentadorias de servidores previstas para os próximos anos e à expansão da rede de agências que está nos planos da autarquia.
O cargo de técnico requer o nível médio e os rendimentos podem alcançar R$4.400,87. Já a função de perito exige graduação em Medicina e inscrição no conselho regional da categoria. O salário para o cargo chega a R$10.056,80. Em ambos os casos, aos valores estão acrescidos R$ 373,00 de auxílio-alimentação.
Há quase dez anos o INSS conta com cerca de 35 mil servidores. No entanto, no mesmo período, o número de segurados da Previdência Social aumentou de 39,9 milhões para 67 milhões, ou seja, 61%. O pedido de 2 mil vagas de técnico do seguro social, além de outras 1.080 de perito médico, está em avaliação no Ministério do Planejamento que afirma que o concurso deve ser autorizado até junho, porém com uma oferta de 1.500 vagas.
Em dezembro de 2013, o INSS encaminhou ao Ministério do Planejamento uma nota técnica para subsidiar a solicitação de concurso público para recomposição do seu quadro de servidores no exercício de 2014. O texto do documento informa que há, em todo o país, mais de 10 mil servidores aptos a se aposentar que recebem abono de permanência.
Expansão da rede
A Previdência Social paga mensalmente mais de 30,5 milhões de benefícios que correspondem a um montante de aproximadamente R$ 26,6 bilhões. Para tornar o atendimento mais eficiente, a Previdência investe atualmente no Projeto de Expansão da Rede de Atendimento do INSS (PEX). O projeto consiste na ampliação da rede de agências de atendimento presencial, inclusive os atendimentos referentes aos requerimentos de benefício por incapacidade, que exigem a presença do segurado e que representam mais de 50% dos benefícios requeridos na Previdência Social.
De acordo com interlocutores do instituto, é essencial investir na diretriz de interiorizar e descentralizar a rede de atendimento, ampliando o acesso aos serviços para 30% do total de municípios brasileiros. Em termos práticos, a ampliação deve possibilitar o acesso aos serviços previdenciários a mais 30,8 milhões de brasileiros que não necessitarão deslocar-se aos grandes centros para obter atendimento. Desde 2011 mais de 200 novas unidades já foram inauguradas e estão em pleno funcionamento.
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