Dica do dia: Regência Verbal – Professor Claiton Natal - IMP Concursos

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11 de janeiro de 2016

Dica do dia: Regência Verbal – Professor Claiton Natal

Confira as considerações, a explicação e as questões selecionadas pelo professor de Língua Portuguesa, Claiton Natal, acerca de um importante conteúdo frequentemente cobrado em provas de concurso: Regência Verbal

Regência trata da relação de subordinação entre palavras, ou seja, mostra a comunicação entre termos regentes e regidos.

Regente – palavra que é complementada, inteirada na sua significação.

Regido – palavra que serve de complemento.

Observação: a regência é para os gramáticos um tema tão flutuante que é frequente vê-los discordar em torno do mesmo verbo.

Observe, agora, a regência de alguns verbos.

*Agradar

a) No sentido “de acariciar”, “fazer carinho” é verbo transitivo direto.

Exemplo:

O pai o agradava

b) No sentido de “ser agradável”, exige complemento preposicionado (VTI).

Exemplo:

A prova não lhe agradou

   *Aspirar

No sentido de sorver (o ar) é transitivo direto.

Exemplo:

Os moradores de áreas rurais aspiram um ar puro.

No sentido de desejar, almejar é transitivo indireto (com a preposição “a”)

Exemplo:

Os alunos aspiram a um cargo público.

Observação: neste caso, não admite o complemento representado por pronome átono.

*Assistir

No sentido de estar presente, ver, presenciar, pede complemento preposicionado (VTI – prep. “a”).

Exemplo:

Ontem, assistimos ao jogo do Palmeiras.

Observação: neste sentido, não admite complemento representado por pronome átono.

No sentido de caber, competir é transitivo indireto com a preposição “a”.

Exemplo:

Assiste ao candidato o direito de recurso.

No sentido de ajudar, prestar socorro, dar assistência pode ser empregado como verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto.

Exemplos:

O professor assiste os alunos em suas dificuldades.

O professor assiste aos alunos em suas dificuldades.

No sentido de residir, morar, constrói-se com a preposição “em” (VI).

Exemplo:

O Cristovam Buarque assiste, ainda, em Brasília.

*Ajudar: (VTD ou VTI)        

Exemplos:

A opinião pública ajudou o ministro Gilmar Mendes.

A opinião pública ajudou ao ministro Gilmar Mendes.

*Atender: pede indiferentemente complemento com ou sem preposição (VTI ou VTD).

Exemplo:

Atendi às necessidades dos alunos.

Atendi as necessidades dos alunos.

Observação: há divergências entre os gramáticos quanto à regência deste verbo. Contudo, o Cespe e a Esaf têm contemplado a visão acima.

*Chamar

a) No sentido de convocar é transitivo direto.

Exemplo:

O Lula chamou o ministro para conversar.

b) No sentido de “alcunhar”, “cognominar”, “dar nome” admite as seguintes construções.

Exemplos:

Chamei o político de honesto.

Chamei ao político de honesto.

Chamei o político honesto.

Chamei ao político honesto.

         *Custar

a) No sentido de “ser difícil”, “ser custoso”, tem como sujeito aquilo que é difícil.

Exemplo:

Custou-me encontrar o local da festa.

Observação: a seguinte construção não está de acordo com a norma culta.

Custei encontrar o local da festa.

*Convidar: pede objeto direto.

Exemplo:

Não convidei o professor.

Observação: cuidado com as formas pronominais nas substituições lexicais.

Não o convidei. (certo)

Não lhe convidei (errado)

*Chegar: com expressões locativas, utiliza-se a preposição “a” (idéia de destino).

Exemplo:

Cheguei a casa às dez horas.

*Proceder

a) No sentido “de iniciar”, “executar” é verbo transitivo indireto (emprega-se preposição “a”).

Exemplo:

O juiz procedeu ao julgamento.

b) No sentido de “ter procedência”, “ter fundamento” é verbo intransitivo.

Exemplo:

A teoria dos deputados não procede.

c) No sentido de “provir de” é intransitivo (utiliza-se a preposição “de”)

Exemplo:

Eles procedem de Natal.

*Implicar: no sentido “de acarretar” é transitivo direto.

Exemplo:

O não-pagamento implica multa.

*Simpatizar, antipatizar e sobressair: não são verbos essencialmente pronominais.

Exemplo:

Os leitores simpatizaram com os candidatos.

Eles sobressaíram muito bem na prova.

Observação:

Os eleitores se simpatizaram com os candidatos. (uso popular).

Eles se sobressaíram muito bem na prova (uso popular).

*Visar

a) No sentido “de mirar”, “assinar”, “dar o visto”, pede objeto direto.

Exemplo:

O locatário visou o contrato.

O policial visou o alvo.

b) No sentido “de pretender”, “aspirar”, “objetivar”, pede de preferência complemento preposicionado iniciado pela preposição “a”.

Exemplo:

As teorias ministradas visam ao aprimoramento dos alunos.

Observação: modernamente já se constrói o verbo, neste sentido, sem preposição.

Exemplo:

As teorias ministradas visam o aprimoramento dos alunos.

APROFUNDANDO

Quando o complemento do verbo visar (no sentido de pretender, objetivar, desejar) vem expresso por uma oração reduzida de infinitivo, é comum a construção  sem o uso da preposição “a”. Na abordagem abaixo, o examinador da ESAF considerou a construção gramaticalmente correta. Observe que foi registrado “visa melhorar” – e não a construção, também, gramaticalmente correta visa a melhorar.

(ESAF AFC)

a) O projeto de lei que visa melhorar a regulamentação da interceptação, da interrupção, da escuta e da gravação de comunicações telefônicas e das que lhes são equiparadas não representa, de modo algum, uma forma de censura à imprensa.

*Informar, comunicar, avisar, notificar, aconselhar, alertar, certificar, cientificar: estes verbos como transitivos diretos e indiretos admitem duas construções.

Exemplos:

Avisei-o do fato ocorrido.

Avisei-lhe o fato ocorrido.

*Pagar, perdoar, agradecer

Verbos transitivos direitos e indiretos: usa-se para coisa = objeto direto e para pessoa = objeto indireto.

Exemplos:

É necessário pagar as contas vencidas aos cobradores.

Perdoei os erros aos alunos.

As cooperativas agradeceram a aprovação dos projetos aos deputados de oposição.

Importante!

O rigor gramatical condena o uso de “pessoa” como objeto direto.

Os eleitores não perdoarão os deputados corruptos. (construção incorreta)

Os eleitores não perdoarão aos deputados corruptos. (construção correta)

O verbo transitivo direto e indireto ora pode ser empregado como transitivo direto, ora como transitivo indireto – ou seja, pode-se omitir um dos complementos verbais. Assim, se empregarmos o verbo agradecer referente somente à coisa, ele pedirá um complemento com preposição obrigatória (objeto direto): “As cooperativas agradeceram a aprovação dos projetos”. Se mencionarmos somente a pessoa, registraremos um complemento com preposição obrigatória (objeto indireto): “As cooperativas agradeceram aos deputados de oposição.

*Preferir: na norma culta, este verbo é transitivo direto e indireto (o termo sem preposição é o preferido; o preposicionado, o preterido).

Exemplo:

Alguns preferem estudar a trabalhar.

Cuidado!

As construções com termo intensificador (mais, tão, muito…) no objeto direto e com a expressão (do que) no objeto indireto são incorretas.

Exemplo:

Alguns preferem mais estudar do que trabalhar.

*Obedecer/Desobedecer: pedem a preposição “a” (VTI).

Exemplo:

Distribuidoras de gás no Rio dizem que cortes obedeceram a critérios de segurança.

*Ir: com expressões locativas, utiliza-se a preposição “a” ou “para”.

Exemplos:

Frente Parlamentar vai à Câmara e Senado cobrar a regulamentação. (ideia de retorno breve)

Não fali dos emigrantes portugueses que, nos anos 60, foram para França. (ideia de permanência)

Considerações importantes

Emprego de pronomes relativos precedidos de preposição tem sido uma abordagem freqüente em provas de concursos públicos. Observe os exemplos abaixo:

a) A aluna que me refiro foi a primeira colocada no concurso. (construção espúria)

A aluna a que me refiro foi a primeira colocada no concurso. (construção escorreita)

b) Giraffas, o sabor que “a gente” gosta. (construção espúria)

Giraffas, o sabor de que “a gente” gosta. (construção escorreita)

c) A lei cujos artigos discordo foi revogada. (construção espúria)

A lei de cujos artigos discordo foi revogada. (construção escorreita)

2 – São frequentes, na linguagem popular, construções que unem verbos de regências diferentes com o mesmo complemento. Observe os exemplos abaixo:

a) Assisti e gostei da aula. (construção espúria)

Assisti à aula e dela gostei. (construção escorreita)

Entrei e saí da sala. (construção espúria)

Entrei na sala e dela saí. (construção escorreita)

 O rigor gramatical condena construções em que ocorra, antes de infinitivo, a contração de preposição + artigo.

a) Está na hora do Congresso estabelecer novas medidas. (construção espúria)

Está na hora de o Congresso Estabelecer novas medidas. (construção escorreita)

b) Apesar do Deputado Michel Temer (PMDB-SP) apoiar o projeto, os manifestantes continuaram com o protesto. (construção espúria)

Apesar de o Deputado Michel Temer (PMDB-SP) apoiar o projeto, os manifestantes continuaram com o protesto.  (construção escorreita)

O uso dos pronomes oblíquos átonos  está aliado à regência.

a, as, o, os = objeto direto

lhe, lhes = objeto indireto

me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto indireto.

Não lhe vejo mais. (incorreto)

Não o vejo mais. (correto)

Não te vejo. (correto)

Acato, mas não o obedeço. (incorreto)

Acato, mas não lhe obedeço. (correto)

Acato, mas não te obedeço. (correto)

QUESTÕES DE PROVAS

TRECHO

O Tribunal Superior — de justiça eleitoral — com jurisdição em todo o território nacional,  compunha-se de oito membros efetivos e oito substitutos, e era presidido pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A ele se somavam dois membros efetivos e dois  substitutos, sorteados dentre os ministros do STF, além de dois efetivos e dois substitutos, sorteados dentre os desembargadores da Corte de Apelação do DF. Por fim,  integravam a Corte três membros efetivos e quatro substitutos, escolhidos pelo chefe do governo provisório dentre quinze cidadãos, indicados pelo STF, desde que atendessem aos  requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral.

1 – (CESPE/TRE/2015)

Se a preposição a presente na contração “aos” (linha 13) fosse suprimida, a função sintática da expressão “requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral” (linha 14) seria alterada, mas a correção gramatical do texto seria mantida.

TRECHO

De acordo com pesquisas realizadas em vários países, inclusive no Brasil, especialistas em recursos humanos identificaram os atributos que um funcionário, ou candidato a emprego, deve ter para agradar os superiores e ter sucesso em sua carreira profissional.

2 – (CESPE/FUB/Técnico/2015)

Mantém-se a correção gramatical do primeiro período do texto ao se substituir “agradar os superiores” (linha 5) por agradar aos superiores.

TEXTO

Que me perdoem os devotos machadianos, eu prefiro Euclides da Cunha e Lima Barreto, com todos os defeitos que ambos possam ter, a Machado de Assis, com todas as suas qualidades. E, até onde pude entender, Millôr Fernandes tem opinião parecida com a minha. Tanto assim que, segundo afirmou, não incluiria qualquer dos livros de Machado de Assis  entre os dez maiores romances brasileiros.

3 – (CESPE/Admissão à carreira de diplomata/2014)

Seria mantida a correção gramatical e aprimorada a precisão do texto, se o trecho em que o autor aponta seus escritores preferidos (linhas 1-4) estivesse escrito da seguinte forma: prefiro Euclides da Cunha e Lima Barreto, apesar dos defeitos de suas obras, do que Machado de Assis, cujas qualidades das suas obras são inúmeras.

TRECHO

A necessidade de guardar as moedas em segurança levou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de outro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas.

4 – (CESPE/CEF/Engenheiro/2014)

A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritos das quantias guardadas”, pela preposição de manteria a correção gramatical do texto, embora acarretasse alteração de sentido.

TRECHO

Na visão de Paulo Freire, a educação como prática da liberdade, ao contrário daquela que é a prática da dominação, implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo, assim como a negação do mundo como uma realidade ausente dos homens.

5 – (CESPE/SEE/AL 2013)

Na linha 3, a forma verbal “implica” aceita dupla regência, razão pela qual pode ser seguida por “a”, como no texto, ou por na, ao reger o elemento “negação”

Trecho

O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

6 – (CESPE STF Técnico – 2013)

A correção gramatical do texto seria preservada caso se eliminasse a preposição ‘de’ (linha 6).

TRECHO

Ele corresponde ao processo de transformação do poder tradicional, fundado em relações pessoais e patrimoniais, em um poder legal e racional, essencialmente impessoal. Também com relação às exigências que visavam a dar alguma garantia contra as várias formas de usurpação do poder legítimo.

7 – (CESPE/STF/Analista 2013)

A preposição “a” empregada logo após a forma verbal “visavam” (linha 5) poderia ser suprimida, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

Trecho

Mas nenhum grande pensador é apenas um polemista orientado por objetivos práticos. A história das teorias consiste, em grande parte, na reelaboração e em novas formas de usos de conceitos.

8 – (CESPE/2011)

O emprego da preposição em antes de “reelaboração” (linha 3) e “novas formas” (linha 4) deve-se à relação de regência do verbo consistir, do qual esses termos são, no texto, complementos.

Trecho

Quando me lembro do meu pai me proibindo de mudar de escola, a voz que ouço dele é a de hoje, e  pergunto se algo parecido acontece com ele: se a lembrança que ele tem de mim aos treze anos se confunde com a visão que ele tem de mim agora, depois de tudo o que ficou sabendo a meu respeito nessas quase três décadas, um acúmulo de fatos que apagam os tropeços do caminho para chegar até aqui, e o que para mim foi um capítulo decisivo da vida, a briga que tivemos por causa da mudança de escola, para ele pode não ter sido mais que um fato banal, uma entre tantas coisas que aconteciam em casa e no trabalho e na vida dele com a minha mãe e as outras pessoas ao redor durante a adolescência do filho.

9 – (CESPE STF Técnico – 2013)

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a expressão “mais que” (linha 11) fosse substituída por mais do que.

TRECHO

Contemporaneamente, para o alcance de resultados de desenvolvimento nacional, exige-se dessa liderança não apenas o enfrentamento de desafios de gestão, como a busca da eficiência na execução dos projetos e das atividades governamentais.

10 – (CESPE TCU Auditor – 2013)

Na linha 3, o emprego da preposição em “dessa liderança” justifica-se pela regência do verbo exigir

Texto

Ovídio nos fala da seguinte maneira sobre a Fênix. A maioria dos seres nasce de outros indivíduos, mas há certa espécie que se produz sozinha. Os assírios chamaram-na de fênix.

11 – (CESPE TRT – Analista 2012)

O trecho “Chamaram-na de fênix” poderia, sem prejuízo da correção gramatical do texto e do sentido original, ser substituído por chamaram-na fênix ou por chamaram-lhe fênix.

 Trecho

Agora, onda são os produtos com novas funcionalidades para atender a novas necessidades do consumidor.

12 – (CESPE) A omissão da preposição “a”, em “atender a novas necessidades do consumidor”, não prejudica a correção gramatical nem o sentido original do texto. 

13 – (CESPE ABIN  Oficial de Inteligência 2010)

A delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e medo 7 na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social.

Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição a antes de “toda a população” (linhas 1 e 2) — a toda a população — visto que a forma verbal “afetam” (linha 1) apresenta dupla regência.

TRECHO

Especialmente no que comunica o papel da justiça eleitoral ao princípio da autenticidade eleitoral,  cabe a ela garantir que prevaleça a vontade do eleitor. Entenda-se: não lhe é cabível exigir ou orientar escolhas melhores, ou escolhas ideais, apenas fazer valer a escolha expressada legitimamente pelo eleitor no resultado das urnas.

14 – (CESPE TRE – Analista 2013)

O pronome “lhe” (linha 4) exerce a função de complemento verbal indireto na oração em que se insere.

15 – (CESPE SERPRO 2010)

     Mais: os dados reforçam tendências que vêm causando crescente apreensão às autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país.

Em “autoridades atentas à evolução do perfil da violência no país”, o termo “à” poderia ser substituído, sem prejuízo gramatical ou de sentido para o texto, por para a.

16 – (CESPE MPU – Analista 2010)

      Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade contemporânea, caracterizada pela cultura do excesso, do acréscimo sempre quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis  e descartáveis.

A repetição da preposição de em “do acréscimo”, “de bens materiais” e “de coisas” indica que esses termos são empregados, no texto, como complementos de “cultura”, vocábulo que tem como primeiro complemento “do excesso”.

17 – (CESPE IRBr Diplomata – 2010)

O público ledor vê, nos jornais, notícias das obras daqueles homens cuja influência e camaradagens tornaram-nos conhecidos, ou cuja secundariedade fez que fossem aceitos pela multidão.

O emprego do pronome “nos”, no segmento “tornaram-nos conhecidos”, evidencia que o autor do texto se inclui entre os homens “aceitos pela multidão”.

18  – (CESPE IBRAM – 2009)

Além disso, com a nova Constituição, os municípios ganharam o poder de legislar, de tributar seus próprios impostos e, por fim, de ordenar o solo urbano.

No período acima, a reiteração da preposição “de”

marca a subordinação dos termos por ela introduzidos à palavra “poder”. Caso fosse mantida a primeira ocorrência dessa preposição e suprimida as demais, haveria prejuízo para a correção gramatical do texto.

19 – (CESPE/Oficial de Chancelaria/2006)

Ferdinand Denis aconselhava aos escritores que, para criar uma literatura brasileira, era preciso abandonar os modelos estrangeiros em favor da temática nacional.

Mantendo-se os sentidos do texto e preservando-se a correção gramatical, o trecho “aconselhava aos escritores que (…) era preciso” poderia ser substituído por alertava aos escritores de que (…) precisavam.

Se lembrarmos que o discurso e o sermão (sobretudo este) foram os tipos mais frequentes e prezados de manifestação intelectual no tempo da Colônia, veremos que a fusão deles no corpo da jurisprudência importa em triunfo do espírito literário como elemento de continuidade cultural.

20 – (CESPE TJRO – Analista 2012)

Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Se lembrarmos que” (linha 1) fosse reescrito da seguinte forma: Se nos lembrarmos de que.

21 – (CESGRANRIO 2011)

De acordo com a norma-padrão, a frase que contém

desvio em termos de regência é:

(A) Assistiram ao jogo milhares de pessoas.

(B) O funcionário visou o passaporte do professor.

(C) A aeromoça procedeu à chamada dos passageiros.

(D) O patrão deixou de pagar o empregado na sexta-feira.

(E) O estudante de Direito aspirava à carreira diplomática. 

22 – (CESGRANRIO 2011)

A frase cuja regência do verbo respeita a norma-padrão é:

(A) Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.

(B) Os professores avisaram aos alunos da prova.

(C) Deve-se obedecer o português padrão.

(D) Assistimos uma aula brilhante.

(E) Todos aspiram o término do curso.

23 – (CESGRANRIO PETROBRÁS 2011)

A frase em que o complemento verbal destacado NÃO admite a sua substituição pelo pronome pessoal oblíquo átono lhe é:

(A) Após o acordo, o diretor pagou aos funcionários o salário.

(B) Ele continuava desolado, pois não assistiu ao debate.

(C) Alguém informará o valor ao vencedor do prêmio.

(D) Entregou o parecer ao gerente para que fosse reavaliado.

(E) Contaria a verdade ao rapaz, se pudesse

24 – (FGV BESC Advogado 2010)

Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo átono não tenha sido empregado corretamente.

(A) O chefe encontrou a secretária no corredor e pagou-a ali mesmo.

(B) Cabia-lhe o direito de reaver o documento.

(C) Os pacientes esperavam que o médico os assistisse com urgência.

(D) Ele não lhe perdoou a dívida.

(E) Ela lembrava-lhe a boa infância.

25 – (CONSULPLAN TSE 2012)

“…ofereça ao presenteado algo de que ele goste…”

Assinale a alternativa em que a alteração do trecho anterior tenha se efetuado consoante a norma culta. Despreze possíveis alterações de sentido.

(A) …ofereça ao presenteado algo que ele aspire.

(B) …ofereça ao presenteado algo de que ele lembre.

(C) …ofereça ao presenteado algo a que ele almeje.

(D) …ofereça ao presenteado algo a que ele vise.


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